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Vilipêndio

Vilipêndio

05 de Março, 2020

Há vírus e vírus

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Ezra Acayan/Getty Images

 

Quando se pensava que o nosso problema viria dos glaciares a derreter, das florestas ameaçadas, da poluição ambiental, ele acabou por vir de um espirro mal dado. Nada de dilúvios colossais, o Sol a consumir tudo, um planeta inteiro debaixo de chamas. Não, ao que parece o fim estava num vírus vindo lá da China profunda. Bicharada a ser bicharada. Mexe-se sem que a vejamos, pelo que agora tocar num ser humano é risco de saúde pública.

O mundo vai acabar e nunca se pensou que isso dependesse de beijo aqui, apalpão ali, tosse acolá. Ou porventura não é nada disto e o mundo ainda está para durar, assim como nós, pessoas. Não sou eu quem sabe certamente.

Entre máscaras esgotadas, mitos infundados ou a diminuição do consumo da cerveja Corona, o que este surto já nos conseguir comprovar é que o QI médio da população mundial não é assim tão alto. E que o vírus da estupidez é capaz de nos ser bem mais prejudicial a longo prazo. Ou, finalmente, que o Darwin, por muito que não se queira, tinha razão.

A natureza quer dar cabo de nós e eu tenho sérias dúvidas da nossa capacidade, ou inteligência, para lhe fazer frente.