Há vírus e vírus
Ezra Acayan/Getty Images
Quando se pensava que o nosso problema viria dos glaciares a derreter, das florestas ameaçadas, da poluição ambiental, ele acabou por vir de um espirro mal dado. Nada de dilúvios colossais, o Sol a consumir tudo, um planeta inteiro debaixo de chamas. Não, ao que parece o fim estava num vírus vindo lá da China profunda. Bicharada a ser bicharada. Mexe-se sem que a vejamos, pelo que agora tocar num ser humano é risco de saúde pública.
O mundo vai acabar e nunca se pensou que isso dependesse de beijo aqui, apalpão ali, tosse acolá. Ou porventura não é nada disto e o mundo ainda está para durar, assim como nós, pessoas. Não sou eu quem sabe certamente.
Entre máscaras esgotadas, mitos infundados ou a diminuição do consumo da cerveja Corona, o que este surto já nos conseguir comprovar é que o QI médio da população mundial não é assim tão alto. E que o vírus da estupidez é capaz de nos ser bem mais prejudicial a longo prazo. Ou, finalmente, que o Darwin, por muito que não se queira, tinha razão.
A natureza quer dar cabo de nós e eu tenho sérias dúvidas da nossa capacidade, ou inteligência, para lhe fazer frente.