O mundo vai ficar mais quente
Oito anos depois de elegerem Obama, os americanos voltaram a votar e o resultado está à vista. Depois do primeiro presidente negro, o primeiro presidente acéfalo.
No meio deste caos que é a eleição de Donald Trump para Presidente dos EUA, a única coisa que me deixa realmente preocupado é perceber que, a partir de agora, quem estará à frente da nação mais poluídora do mundo (a par com a China) é um homem que se recusa a aceitar as alterações climáticas, que fez campanha contra toda a ciência que explica e fundamenta o aquecimento global e que, das centenas de milhões de euros que aufere, muitos têm origem em empresas e multinacionais que exploram combustíveis fósseis e afins.
Este é o facto desolador no meio de todo este festival de non-sense que foram as eleições americanas. Quem chega agora à Casa Branca não é apenas um mau político. É, acima de tudo, uma pessoa sem inteligência com uma mentalidade assustadora, retrógrada, quase demencial. Trump não tem visão política que chegue sequer perto de ser aceitável para o cargo que agora é seu, mas resta-nos ficar com a esperança que não vai levar avante grande parte das medidas que anunciou, tal como Obama não conseguiu.
É ao pensarmos sobre isto que entendemos que, de facto, nem sempre o mundo anda para a frente, como muitas vezes gostamos de pensar.
O resto, são só os americanos a dar tiros nos pés. E eles gostam tanto de tiros que vamos deixá-los estar.
PS - Quando é que acaba isto de se chamar América a apenas um dos 35 países do continente americano?